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Por que as pessoas gostam tanto de histórias ?

‘..se você se identifica com uma história, ela continua com você para sempre.” 

Quando Steve Jobs anunciou o lançamento do primeiro IPhone do mundo, em 2007, testemunhamos não apenas o surgimento de um dos produtos mais revolucionários no mundo, mas também uma aula de storytelling.

Quem conhece sua trajetória sabe que Jobs nem sempre foi um bom contador de histórias, mas com sua habilidade de comunicação, resolveu se tornar um excelente contador de histórias. O seu discurso – em forma de conversa – possui uma característica fundamental na comunicação: focar 100% no seu cliente, abordando não apenas o que o produto fazia, mas porque ele precisava dele. Jobs lembrou as pessoas do problema que está sendo resolvido pela Apple.

Ao longo dos anos, outros celulares foram lançados no mercado com produtos mais avançados, mas nenhum chegou perto de conectar-se tão profundamente com o público.

Isso faz sentido quando observamos os estudos sobre os efeitos das narrativas em nosso cérebro humano. O psicólogo e professor de Harvard e Oxford, Jerome Bruner, constatou, por exemplo, que um fato tem 20 vezes mais chance de ser lembrado se estiver ancorado em uma boa história.

Contar a narrativa acerca de algum um produto ou serviço não é apenas expor as informações e detalhes, mas construir nessa comunicação o valor que seu produto tem a oferecer. Steve Jobs soube usar dois elementos fundamentais na sua comunicação: foco no público e foco no problema que o produto resolve para seu público. Quando você entende profundamente as necessidades e dores do seu usuário, fica mais fácil estruturar a comunicação com uma narrativa envolvente, real e com emoção.

A neurociência comprova que ao ler dados, apenas a parte da linguagem de nosso cérebro trabalha para decodificar o significado. Mas quando lemos uma história, não apenas a parte da linguagem do nosso cérebro se acende, mas outra parte do cérebro, que usaríamos se estivéssemos realmente vivenciando o que estamos lendo, também é ativada.

“Histórias lidas no momento certo jamais te abandonam. Você pode esquecer o autor ou o título. Pode até não lembrar precisamente o que aconteceu. Mas se você se identifica com uma história, ela continua com você para sempre.”

Neil Gaiman

Este também é meu desafio diário. Ao escrever um artigo, um post ou mesmo em uma palestra, tento sempre me preparar para trazer na narrativa algo que conecta com a emoção do público para que a mensagem seja lembrada. Por isso, estou aqui, exercitando mais uma vez, porque a perfeição para contar histórias, só vai acontecer, treinando. 

E você? Como vai ser a narrativa da sua próxima história, quero dizer, do seu produto, ideia ou projeto ?

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