O segredo do sucesso para uma Marca Pessoal forte com o CEO do momento no Vale do Silício

Reprodução Nvidia

Conheça a inspiradora trajetória de Jensen Huang, fundador e CEO da Nvidia. Desde suas origens humildes até liderar uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, Huang exemplifica como adversidades e liderança ética podem moldar uma marca pessoal poderosa e influente. Descubra como sua resiliência e autenticidade o tornaram um dos líderes mais admirados do Vale do Silício.

No coração do Vale do Silício, Jensen Huang, fundador e CEO da Nvidia, exemplifica como adversidades pessoais e liderança ética podem ser transformadas em uma marca pessoal poderosa e respeitada.

A jornada de Huang, desde sua educação em Engenharia Elétrica até a fundação da Nvidia, demonstra a importância de manter a autenticidade e a resiliência diante dos desafios – que não foram poucos, aliás. 

E isso talvez faça dele um CEO mais “próximo” da realidade das pessoas comuns e menos dos cinematográficos Steve Jobs, Elon Musk ou até Mark Zuckerberg.

Por falar no fundador da Meta, recentemente ele disse que Huang é “basicamente a Taylor Swift do mercado da tecnologia”, tamanha sua popularidade e admiração dos seus pares. 

Ao publicar uma foto com o amigo no Instagram em março, Zuckerberg deu essa resposta quando muitos de seus seguidores não reconheceram Huang por sua aparência e perguntaram: “quem é esse?”.

Se ele é tão querido e popular assim, a ponto de ser comparado com uma das personalidades pop mais famosas do mundo, por que a sua imagem ainda não é facilmente reconhecida, sobretudo pelos outsiders?

Não que Jensen Huang seja tímido, mas ele é bom moço e tem ganhado amplo destaque em tempos de inteligência artificial, embora sua jornada na tecnologia não tenha começado recentemente. 

O sucesso atual da sua empresa, aliás, é o principal motivo para todo esse frenesi em torno de um homem simpático no auge de seus 61 anos.

A Nvidia, para quem não conhece, é uma renomada fabricante de GPUs (as placas de vídeo) e chips para inteligência artificial que apresentou resultados impressionantes no mercado no ano passado. 

A empresa virou a queridinha dos mercados em 2024 enquanto a fortuna pessoal do CEO ultrapassou os US$ 80 bilhões, embora esses valores variem conforme são divulgados os lucros trimestrais, fora as flutuações na bolsa, é de se esperar que o futuro da empresa e seu co-fundador sejam de muitos e muitos dígitos.

Um emigrante que realizou o “American Dream”

Se o arquétipo do cidadão comum parece verossímil para o CEO, a infância de Huang foi marcada por dramas bem Hollywoodianos. 

Nascido em Taipei, capital de Taiwan, em 1963, o empresário viveu na Tailândia, até que seus pais decidiram enviá-lo junto com o irmão para os Estados Unidos.

Os meninos não falavam inglês e foram recebidos pelos tios, também imigrantes, que os mandaram estudar no Instituto Oneida Baptist, em Kentucky. Na época, o instituto parecia um reformatório. Ali enfrentou bullying e discriminação (imigrantes, como eu, me entenderão).

Mais tarde, estudou Engenharia Elétrica na Universidade Estadual de Oregon, onde descobriu a “magia” por trás dos computadores. Durante a vida universitária, teve a sorte de conhecer Lori, sua colega de laboratório com quem se casaria. Detalhe: ela era uma das três alunas em um curso com 80 homens.

  • O mestrado em Engenharia Elétrica ele fez em Stanford ao longo de oito anos!

Paralelamente, ele trabalhou em diversas empresas de tecnologia, como a Advanced Micro Devices (AMD) e a LSI Logic, que abandonou pouco antes de fundar a Nvidia, em 1998, não em uma garagem, mas em uma rede de lanchonetes na qual, coincidentemente, trabalhou quando tinha 15 anos de idade.

  • Ainda no período de estudos, Huang encontrou, por acaso, Chris Malachowski e Curtis Priem, que mais tarde se tornaram co-fundadores da Nvidia. 

Ele compartilhou essa sequência de eventos fortuitos em uma palestra na universidade em 2013, destacando o papel crucial do acaso em sua vida e carreira.

O acaso, ou a sorte, chame como quiser, são ótimos exemplos de como contar a própria história. Todos nós, em algum momento, nos deparamos com situações que parecem saídas de um roteiro de filme.

Huang sabe fazer uso desses detalhes nas dezenas de palestras que dá. É figurinha carimbada nas duas universidades pelas quais passou, principalmente aqui em Stanford.

Essas experiências foram fundamentais para forjar a resiliência que se tornaria um pilar de sua vida profissional, permitindo-lhe transformar a startup Nvidia em uma gigante da tecnologia. 

E, como CEO, Huang tem aplicado todas essas lições de vida na gestão da Nvidia, mantendo um equilíbrio entre expectativas realistas e uma saudável tolerância ao fracasso.

Essa abordagem, de trazer a própria vida para a construção de uma marca pessoal sólida, não só consolidou a Nvidia como reforçou a percepção de Huang como um líder ético e autêntico. Embora uma trajetória comum a muitos emigrantes, a de vencer na América, ninguém possui um passado como o dele.

Aliás, não importa o tamanho dos seus feitos, mas sim a capacidade de narrar a sua jornada de aprendizado. A habilidade de Huang em valorizar e elevar sua equipe, por exemplo, reflete uma liderança que se compromete com o crescimento coletivo.

A humildade e o reconhecimento de Huang pelo trabalho colaborativo e em conjunto agregam a sua marca pessoal a virtude de buscar junto dos resultados corporativos desenvolvimento humano. Nesse quesito, seria uma espécie de “Elon Musk às avessas”.

Huang virou exemplo de como ter valores firmes e manter a integridade podem solidificar uma marca pessoal influente

Em entrevista recente com a com a Escola de Negócios de Stanford, disse que o segredo do sucesso é “muita dor e sofrimento”. Ou seja, se você é empresário e está passando por maus bocados, quem sabe esses dias de luta um dia possam se transformar em uma boa história. Nenhuma experiência é desperdiçada.

O nome de sua empresa também é uma aula de marca pessoal: a palavra é uma combinação intrigante de três elementos significativos: “NV”, que representa “nova” ou “próxima visão” (em inglês), refletindo a perspectiva futurista da empresa; “VID”, que faz alusão a vídeo, destacando o foco inicial da empresa no desenvolvimento de placas gráficas para computadores; e curiosamente, também remete à palavra latina “invidia”, que significa inveja. De arrepiar, não?

Para mim, a visão dele sobre cultura é um resumo acabado daquilo que vai deixar como legado da sua marca pessoal: 

“Eu não acho que você possa criar cultura e desenvolver valores fundamentais em tempos de grande sucesso. É quando a empresa enfrenta adversidades de proporções extraordinárias, quando não há razão para a empresa sobreviver, quando você está olhando para probabilidades baixíssimas – é aí que a cultura e o caráter se desenvolvem”.

Giuliana Tranquilini é autora do Best Seller “SUA MARCA PESSOAL

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