Há alguns anos, enquanto trabalhava em uma grande empresa do mercado de luxo, sentia que estava “seguindo a manada” e que meus valores pessoais não estavam alinhados com os da empresa.
Não que a corporação seja ruim, ou que eu era uma profissional desqualificada, foi simplesmente uma questão de fit cultural. Naquele momento não encaixava e, assim, comecei a questionar muitas coisas na minha vida.
Foi um processo longo, com muitas reflexões e um profundo momento de autoconhecimento e aceitação. Sai da empresa.
Essa era eu vestindo uma camisa corporativa – antes da minha – pela última vez após mais de 20 anos construindo marcas, atuando em grandes empresas de beleza e agências líderes em seus segmentos!
Quando você trabalha em uma empresa ou se junta a um projeto, você projeta neste coletivo um pouco de quem você é e do que acredita. Ao mesmo tempo, você também assume a visão de como os líderes dessa corporação desejam que ela seja percebida, afinal não podemos esquecer que você também representa a empresa.
Essa simbiose do coletivo e o indivíduo é o que eu gosto de chamar de “Personal Co-Branding”. E a provocação que eu faço é “com qual marca você vai associar a sua imagem e também “emprestar” os seus valores e reputação?“
Portanto, é fundamental entender o quanto de você está sendo “emprestado e entregue” nessa corporação e o quanto dela está em você. Quando você encontra o Co-Branding mais alinhado aos seus valores – nunca será 100% perfeito -, você conseguirá vestir a camisa da empresa sem esquecer de colocar a sua primeiro.
Não acredito que exista uma empresa que vai agradar um colaborador completamente, mas é preciso estar em paz e alinhado com os seus principais valores e com seu o propósito para que essa troca, entre empresa e profissional, se transforme em uma relação de sucesso.
Você tem vestido a sua camisa primeiro?
Giu.